segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Infantil


Esta eu fiz baseada numa fotografia do meu sobrinho João o autor da 'Mocona'

Ilustração


Fiz esta ilustração na esperança de publica-la num blog destinado à isso, porém não consegui manda-lapois não encontrei contato lá...

sábado, 28 de novembro de 2009



Primeira tentativa de um hitória de uma página.
Seria interesante padronizar as cores para que não destoassem tanto
Pensarei mais nisso no futuro

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Estive pensando sobre isso esses dias e cheguei a algumas conclusões meio estranhas. Pode ser que alguém não goste do que estou escrevendo, mas tudo bem, não se pode agradar a gregos e troianos, vá lá, mas estou escrevendo isso porque sinceramente me senti um pouco incomodado por ter chegado a essas conclusões.
Sempre gostei de histórias em quadrinhos, desde garotinho 'em tenra idade' (tenra idade coisa horrível, pra mim tenro é peru de natal, mas tudo bem) mesmo quando não sabia ler, meus pais me compravam histórias em quadrinhos. Acho que já li um pouco de tudo, e dificilmente encontro algo de que não goste, com exceção de coisas tipo Spawn e outros que não queri citar agora.
Muito bem, dia desses estava pensando sobre isso, e comecei a pensar acerca da Turma da Mônica, não essa modernosa estilo japa e coisa e tal (tem gente que gosta, eu não, mas não discuto, gosto é igual traseiro, cada um tem o seu particular) mas a 'crássica' aquela que todo mundo conhece e ama (ou não, eu mesmo gosto mais do Horácio, esse sim um personagem legal) e cheguei a umas conclusões meio esquisitas...
Vamos aos fatos, dia desses li uma crítica em algum lugar onde alguém dizia algo tipo 'A Mônica é uma imitação da Luluzinha'...me pus a pensar e acabei concordando em parte com o fulano que escreveu isso, e conclui uma ou duas coisas...
Sabe a Magali? Amiga da Mônica? Então, come come come e não engorda...tá sempre com fome...me lembrou também outro personagem...Alguém lembra do Salsicha (Shaggy) da Turma do Scooby Doo?? Comia comia e não engordava?? Mesmo processo né??
Norville 'Shaggy' Rogers, ou Shaggy, ou Salsicha em terras Tupinambás, foi criado em 1969 como personagem do desenho da Hanna Barbera Scooby Doo. Ele come tudo o que encontra e continua magrelo.
Magali (Só Magali, cacei mas não achei o sobrenome dela) aparentemente foi criada em 1963 junto com a Mônica, pelo menos essa é a informação que eu achei...agora pergunto, quem imitou quem?? Muita gente vai dizer 'Ah mas americano imitar brasileiro?? Sem jeito!!' Sem jeito?? Humm sei não...mas vamos a mais fatos acerca da Turma da Mônica (ou 'Mocôna' como diz meu sobrinho ;) )
Nossa amiga Mônica, com seu vestidinho vermelho, realmente lembra bastante a Luluzinha,ou Little Lulu...Mais uma breve pesquisa na internet, o que seria de nos sem ela né? E achei um fato interessantíssimo...Luluzinha, ou Little Lulu, foi criada em 1935 por uma senhorita chamada Marjorie Henderson Buell para a edição de 23 de fevereiro daquele mesmo ano da revista americana 'The Saturday Evening Post'. Quase três décadas separam as duas personagens...e Luluzinha é beem mais velha...
Continuando...Cascão né?? O gurí que não toma banho e tal...sempre sujo...Criado em 1961, boa idéia né? O menino que não toma banho, todo menino passa por essa fase, para alguns dura até os trinta anos...Mauricio diz que se baseou num garoto que conheceu em Mogi das cruzes quando criança...Seria esse garoto o Pig Pen??
Pig Pen, também conhecido no Brasil como Chiqueirinho da Turma do Snoopy, ou do Charlie Brown, Minduin, ou do desenho do Snoopy, como queira, foi criado por Charles Monroe Schulz e sua primeira aparição se deu nas tiras dos Peanuts no dia 13 de Julho de 1954. Chiqueirinho, creio eu, é mais sujo que o Cascão, afinal o cascão no máximo a gente vê umas manchinhas na cara, já no nosso amigo Pig Pen, vemos uma nuvem de sujeira que anda junto dele, verdadeiro porco, convenhamos...
Chegamos aqui a outro personagem de Mr. De Souza...o Cebolinha...O garoto que fala 'elado' e aprendeu culinária com Platão. Cebolinha ou Jimmy Five para os yankees, o filho do Sr Cebola, foi criado em 1960 para a sua própria tira de jornal, novamente segundo Maurício, Cebolinha foi inspirado num outro garoto que ele conheceu quando crescia em Mogi das Cruzes...
Temos aqui uma aparente inversão...aparentemente, o cartunista Argentino Quino. Criador da Mafalda, um dos quadrinhos mais inteligentes e bem sacados de todos os tempos, criou um personagem chamado Guille, ou Guillermo, o irmãozinho de Mafalda que também fala errado, porém seus erros de pronuncia são condizentes com o idioma espanhol (procure as tiras de Mafalda no original em espanhol e você vai entender) o que o faz não trocar o 'R' pelo 'L' como o criador de planos infalíveis para roubar o coelho de Mônica.
Teria Quino plagiado Maurício?? Teria Maurício plagiado todo esse povo e personagens supracitados?? Seria tudo plágio?? Seriam os deuses astronautas?? Não sei...não tenho certeza, mas que tudo isso é beeem esquisito quando se pensa direito, isso é, pelo menos para mim...
Poderíamos dizer, em defesa do Sr. de Souza, que como diria Chacrinha, nada se cria, tudo se copia...poderíamos dizer também que a falta de informação na época no Brasil seria um problema e ele não teria tomado conhecimento de tais personagens...ou poderíamos ataca-lo acusando-o de plágio e cópia...
Por outro lado, parece um pouco moda no Brasil atacar Maurício, muita gente o faz, ainda mais depois da Turma da Mônica Jovem...
Plágio, inspiração, cópia, homenagem...Muita gente critica aquele americano o tal Rob Liefield por essas coisas...seus personagens são muuuito parecidos com personagens da Marvel e da DC Comics...Posso estar sendo injusto ou não, pode ser que ninguém leia isso...mas me pareceu um tanto estranho tudo isso...enfim, disse o que queria...quem sabe eu volte à isso ou não...não era meu intuito original, mas não resisti à oportunidade de expor esse pensamento tão pouco pertinente.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Arvores falsas de plástico





Numa cidade cheia de plantas de borracha, ela comprou um regador. O homem que vendera á ela, era feito de borracha. Comprou o regador para se esquecer, para deixar o passado para trás, esquecer-se de si mesma, livrar-se de si... Era difícil, sabia... O ser humano normalmente livra-se de muitas coisas, mas não de si mesmo, o ‘eu’ de cada um, é o inimigo mais insistente, persistente e obstinado que se pode ter na vida... Mas seus problemas eram maiores...



O regador havia sido comprado para sua arvore chinesa falsa... Falsa como a maior parte de sua vida, como seu trabalho, seus relacionamentos, seus sonhos, aspirações, objetivos... Todos falsos, tudo falso... Como arvores de plástico... Arvores chinesas de plástico, industrializadas. Olhava para as inscrições em alto relevo no regador, ‘MADE IN CHINA’ dizia a inscrição, quase uma condenação, estigma do mundo moderno, capitalismo moderno, nos moldes da globalização e de seus modelos produtivos... Plástico, certamente seria produzido na China... Pensava na China como uma terra onde nada haveria além de fabricas, quilômetros e quilômetros de fabricas, hordas terríveis de trabalhadores, vestidos iguais, educados á assim serem por anos de comunismo que lhe tolheram as almas... Não muito diferentes de nós... Nossas almas foram tolhidas pelo capitalismo, ou pelas ideologias... Ou mesmo pelo cinismo... Não faz diferença, não temos almas. Somos robôs fazendo o trabalho de alguém, ou o nosso, tanto faz.



Todo isso acabava com ela, acabava com sua beleza, que sempre lhe parecera eterna, inesgotável, acabava com sua juventude, sua vontade de continuar vivendo... Na verdade não via mais muito sentido na vida. Desistira de seus sonhos á algum tempo, resignava-se a viver sua vida da mesma maneira todos os dias... A planta de plástico era sua companhia, seu ‘filho’ cuidava dela com todo o esmero possível... Por isso lhe comprara o regador...



Vivia numa casa abandonada, sem luz, nenhum tipo de luz, uma casa no fim da cidade, aquela enorme e opressiva cidade que parecia lhe sufocar e soprar-lhe a vida ao mesmo tempo... Sentia-se mal sempre... Á tempos não sabia o que era o conforto, a felicidade plena... Na verdade, á tempos não sabia o que era a felicidade... Acostumara-se a tristeza, á uma sensação lúgubre e asfixiante que lhe prendia aquela vida vazia uma vida vazia da própria vida, da própria essência desta num sentido mais amplo.



Na casa abandonada, que lhe parecia um reflexo de si mesma, abandonada, triste, envelhecida precocemente em sua aparência e espírito quebrados ela vivia com um homem. Um homem feito de poliestireno. Trincado, queimado... Que queimava seu espírito e alma nas doses de fuga que se auto administrara durante o resto de sua existência vazia, vazia como sua vida junto á ela...



Seu homem de poliestireno fora um dia um cirurgião. Mago transformador de aparências externas vinte e tantos anos antes transformavam a aparência de garotas diferentes dela... Á escolhera por não ser ela uma destas garotas, sua aparência sempre fora a aparência da tristeza que lhe permeara a vida... Sua brancura quase lúgubre, de aparência mortiça... As roupas sempre lhe cobriram como mortalhas... Vestia-se de cetim á feita da dama que ceifa a vida... Sentia-se mal com sua vida, com a maneira como esta se conduzira até ali e parecia arrastar-se como um verme sobre carcaça pútrida do animal sem vida que era a sua existência.



Para seu homem de poliestireno, as cirurgias trouxeram dinheiro, fama, mas nunca a felicidade, era infeliz, sua vida era triste. As cirurgias funcionavam, mas a gravidade sempre vence...e isso acabava com ele. Apaixonara-se por ela, pois ela era diferente, parecia real, tinha um sabor real.Sua garota falsa de plástico.Á chamava assim, ela não gostava disso, mas acabara se acostumando, e encarando isso como uma brincadeira á custa das verdadeiras garotas falsas de plástico.



Naquele dia, o mesmo em que ela adquirira o regador para a arvore falsa de plástico, ela chegou á sua casa, e encontrou seu homem de poliestireno. Como sempre ele estava trincado, queimado, mas naquele dia era diferente... Parecia para ela que o homem estava mais trincado, queimado e rachado do que o normal, do que lhe era habitual.





‘Estou quebrando... ’ Ele disse. ‘É inevitável, estou quebrando. ’Seu cirurgião de plástico já não tinha uma das mãos, ela estava caída no chão, no mesmo chão que á anos estava sujo e empoeirado naquela casa abandonada.



‘O que eu posso fazer?’ Respondeu ela já sem esperança de obter uma resposta dele, mesmo que esta resposta não fizesse sentido algum, ou que pudesse ajudar em alguma coisa.



‘Na verdade não muito... o que você poderia fazer? O que eu poderia fazer? Não podemos fazer mais nada meu amor... Nada... É o nosso destino, estamos ligados á ele, conectados á ele... Isto é o que sou um homem de poliestireno, rachado, quebrado, seco... Nada posso fazer... Não sou nada, além disso... Nada... Se eu pudesse ser o que você queria que eu fosse... Se eu pudesse ser isso todo o tempo... Nossa vida seria perfeita... Mas não é, nunca foi, eu nunca fui perfeito, nunca pude ser, todos alcançaram a perfeição através de minhas mãos, de minhas mãos imperfeitas, tortas plásticas... Minhas mãos, agora rachadas e quebradas, de perfeito poliestireno... Mas a perfeição foi-me negada, tolhida... Nunca serei perfeito, nunca serei o que se esperou de mim, nunca serei o que esperei de mim... Nunca serei mais nada, em pouco tempo, não serei muito mais do que cacos quebradiços de plástico... ’



Ela não se moveu um milímetro... Permaneceu ali, plantada no mesmo lugar, vendo seu homem de poliestireno rachar e se quebrar, a imagem era triste, mas seu coração já era duro, tão ou mais duro do que o coração de plástico de seu homem de plástico...Já não poderia mais ser ferido, não poderia mais ser partido, não iria se rachar, ou se quebrar, mas acima de tudo não iria mais se curar, nunca mais iria se curar...

‘Adeus’ ele disse

‘Adeus’ ela respondeu... Ela se virou e chorou...



Se ao menos ela pudesse ter sido o que ele queria, se ao menos ele pudesse ter sido o que ela queria...
Alice e o besouro: Uma parábola sobre Mitomania


Ele acordou tarde naquele dia. Olhou em volta, o quarto imundo como sempre, parecia ter um cheiro particularmente ruim naquele dia. Era por volta das dez da manhã, mas isso não o preocupava, pois chegara do trabalho as seis da manhã como era de costume.
Tinha fechado o bar á pedido do gerente que disse que ia visitar a mãe doente.Ele ficou imaginando a gorda mãe do gerente deitada na cama doente e reclamando, mesmo que o gerente nunca tivesse dito se ela reclamava ou não da sua situação.Não falava com o gerente.Não falava com a faxineira.Não falava com ninguém.Só o cara que entregava cerveja, às vezes contava uma piada, e ele tinha que admitir que a maioria era engraçada.Fora isso não falava com ninguém.O cliente chegava, pedia a bebida, sentava no banquinho, bebia e normalmente ia embora.Deixava o dinheiro sobre o balcão.Ele pegava o dinheiro,tirava o troco do caixa, e “se dava” uma caixinha.Era um trabalho simples.Talvez até “divertido” ou tão divertido quanto o trabalho pode ser.Não na verdade não.Não era divertido, mas se conhecia gente bem interessante,na verdade, estranha.
Estranho era o mínimo para descrever os tipos que freqüentavam aquele bar.Desde velhinhos bêbados á garotos com pretensões musicais variadas passando por prostitutas, travestis e outras “criaturas da noite” urbanas que pareciam se acercar do bar como mariposas se acercam de qualquer luz numa tórrida noite de verão.
Mas naquela noite, naquela noite em particular, naquela quarta feira, o bar foi visitado por um cliente novo.Tinha cerca de um metro de altura usava um chapéu preto de feltro na cabeça, uma camisa preta como a calça e uma gravata vermelha.Não usava sapatos, e se tratava de um besouro de casca marrom e brilhosa que parecia ter sido recentemente encerada com algum tipo de lustra móveis.Ele tirou o chapéu da cabeça, e com uma voz esquisita que na verdade lembrava um pouco a voz de Joe Pesci, disse:
-Hey Barman!Um Mojito!-Disse aquilo de uma maneira meio estranha,e puxou o dinheiro do bolso da calça.
-Aqui está amigo.Quer um canudo?-Falou com voz mole o barman ao perceber que o cascudo cliente não possuía dedos(Afinal tratava-se de um besouro!)
-Obrigado, mas eu prefiro um prato.
Pedido atendido, o inseto começou a beber o drink do fundo do prato de uma maneira bastante peculiar que talvez pudesse até enjoar estômagos mais fracos.Mas o barman já havia visto coisas tão estranhas naquele período em que exercia sua nobre função, que uma á mais fazia pouca diferença.

-Por favor amigo- Disse o cliente- Poderia me informar às horas?
-Claro, são 23:00.
-Obrigado.Droga,ela está atrasada-Disse o inseto lambendo as ultimas gotas no prato.
Uma meia hora e uns três Mojitos depois, uma mocinha de uns vinte e poucos anos entrou pela porta do bar.Era bonita, mas não chamava muita atenção, devia ter 1,60 de altura magra, cabelo comprido,mas com aparência suja, calça jeans, tênis e uma camiseta do Led Zeppelin por baixo da jaqueta de couro muitíssimo surrada.
-Finalmente!-Bradou o coleóptero- Estou esperando á horas!O que aconteceu?
-Estava presa no transito-Disse ela- Barman,uma cerveja.
-Como você me deixa esperando aqui desse jeito?
-Eu?Agora você vem me acusar?Você que mente compulsivamente para mim desde que nos conhecemos!Acho que isso é uma doença em você!
-Mas Alice, eu já disse que não sou mitômano!
-Claro! Você sempre diz isso, sempre a mesma coisa, o seu caso é mesmo patológico, sabe de uma coisa?Eu desisto de você. É sempre a mesma coisa você mente, e quando te acusam disso ou de qualquer coisa você tem a mesma desculpa sempre:’Eu sou um besouro’.Chega!
-Mas o que eu posso fazer, eu sou um besouro!
-Tente ter uma atitude mais positiva sobre a vida!
Dito isso, Alice pagou sua cerveja e saiu do bar pisando duro.O besouro,que agora parecia meio chateado,apesar disso ser difícil de constatar,uma vez que besouros não são lá muito expressivos,segurou como pôde o prato com seu Mojito,e o virou através das pinças boca á dentro.Depois disso perguntou:

-Quanto custa?
-7,99
-Que roubo!Humpf -Bufou- E ainda me chamam de “mitômano”.

Primeira Postagem

Resolvi criar esse blog para divulgar os quadrinhos que faço.
Talvez eu poste alguns contos, todos no mesmo clima.
Futuramente os quadrinhos estarão aqui, serão escaneados e tudo o mais.
Bom por enquanto é só, vou tentar postar todo dia.